A saúde começa pela boca, os dentes são importantes na mastigação dos alimentos, na fala e na estética, influenciando diretamente a auto-estima do indivíduo e no seu contexto social. O dente é um órgão vivo, que faz parte do nosso organismo. Os dentes incisivos cortam, os caninos rasgam, os pré-molares trituram e os molares amassam os alimentos, contribuindo assim para a digestão. O processo da mastigação é acionado por vários músculos da face que promovem movimentos para cima, para baixo e também lateralmente.
O alimento deve ser mastigado várias vezes para que seja devidamente aproveitado pelo organismo. Na mastigação, o alimento é reduzido a finas partículas que, misturadas com a saliva, converte-se numa massa pastosa: o bolo alimentar, sendo esta a primeira fase da digestão. A saliva é rica em minerais como o cálcio e o fósforo, que compõem o esmalte do dente; portanto, quanto maior a quantidade de saliva presente, menor a possibilidade de adquirir a doença cárie. A boa mastigação garante um suave deslizamento do bolo alimentar pela faringe, devido à contração dos músculos da língua, assegurando a entrada do material deglutido no esôfago, seguindo para o estômago. A língua contribui também para limpeza dos dentes, na fonação e no paladar. Além disso, grande parte das doenças sistêmicas podem ter origem a partir de uma infecção buco-dentária, a exemplo do reumatismo articular agudo, nefrite, artrite, gastrite, endocardite, entre outras. Muitas doenças sistêmicas manifestam-se na cavidade bucal, precedendo, às vezes, a sua sintomatologia clinica. Este é o caso do sarampo, HIV, leucemia, entre outro.
Os hábitos alimentares são adquiridos a partir dos primeiros dias de vida do bebê. Iniciam-se com o aleitamento materno, que deve ser preferencialmente até os 6 meses de vida, e que é importante para o desenvolvimento ósseo e muscular. Após a erupção dos primeiros dentes, os alimentos sólidos são importantes para o exercício da mastigação. Assim que possível, deve-se restringir o uso da mamadeira, substituindo-a pela alimentação sólida. A dieta deve ser equilibrada com frutas, verduras, legumes, carnes, ovos, leite, cereais, entre outros. Deve haver monitoramento dos horários das refeições, evitando-se, principalmente, alimentos açucarados e ácidos (limão, laranja, vinagre, etc.) entre elas, pois os mesmos diminuem o pH do meio bucal (tornam o meio bucal mais ácido). Conseqüentemente, os dentes ficam mais vulneráveis à doença cárie. Os alimentos açucarados pegajosos ou sólidos (balas de goma, biscoitos recheados, caramelos, etc.), podem causar mais lesões cariosas que os líquidos (refrigerante suco adoçado).
Quanto maior a freqüência de ingestão destes alimentos e quanto mais próximo do horário de dormir, maior o risco deformação das lesões cariosas.
- Manter a higiene bucal através da escovação.
- Uso do fio dental e flúor;
- Reduzir a ingestão de açúcares, inclusive nas mamadeiras, principalmente antes de dormir e entre as principais refeições;
- Visitar o cirurgião-dentista periodicamente;
- Procurar orientação do cirurgião-dentista em casos de diminuição do fluxo salivar, decorrente de doenças e tratamentos médicos usados no tratamento do vírus HIV, entre outros;
- Não compartilhar copos, talheres, escovas dentais e outros objetos de uso pessoal com bebês e crianças.
- Não resfriar o alimento da criança através do sopro e não beijar o bebê ou a criança na boca, pois as bactérias causadoras da cárie também estão presentes na saliva.
A doença periodontal é provocada, principalmente, pela placa bacteriana, que é composta por resíduos alimentares e bactérias. A placa bacteriana é responsável pela inflamação da gengiva e do periodonto (estrutura que sustenta o dente: osso alveolar, ligamento periodontal e cemento).
Além disso, quando acumulada por um longo período, a placa pode endurecer pela deposição de sais minerais da saliva, originando o cálculo dental, popularmente conhecido como tártaro, que também contribui para a inflamação gengiva e, progressivamente, para as doenças periodontais.
CONSEQÜÊNCIAS: Uma vez estabelecida a inflamação, pode ocorrer sangramento gengival, mau hálito e mobilidade dos dentes, podendo chegar até a perda dos mesmos. - Ainda existe a possibilidade das bactérias presentes na boca se disseminarem pelo corpo, acarretando problemas de saúde geral.
COMO PREVENIR:
- Manterá higiene bucal através da escovação,
- Uso do fio dental e flúor;
- Visitar o cirurgião-dentista periodicamente para revisão e remoção profissional da placa bacteriana e tártaro, quando necessário.
Hálito puro e sorriso saudável são o resultado de uma boa higiene bucal. Isso significa que, com uma higiene bucal adequada: Seus dentes ficam limpos e livres de resíduos alimentares;
A gengiva não sangra nem dói durante a escovação e o uso do fio dental. O mau hálito deixa de ser um problema permanente.
Consulte o seu dentista caso as suas gengivas doam ou sangrem quando você escova os dentes ou usa fio dental, e principalmente se estiver experimentando um problema de mau hálito.
Essas manifestações podem ser a indicação da existência de um problema mais grave. Seu dentista pode ensiná-lo a usar técnicas corretas de higiene bucal e indicar as áreas que exigem atenção extra durante a escovação e o uso do fio dental.
Como garantir uma boa higiene bucal?
Uma boa higiene bucal é uma das medidas mais importantes que você pode adotar para manter de seus dentes e gengivas em ordem. Dentes saudáveis não só contribuem para que você tenha uma boa aparência, mas são também importantes para que você possa falar bem e mastigar corretamente os alimentos.
Manter uma boca saudável é importante para o bem-estar geral das pessoas.
Os cuidados diários preventivos, tais como uma boa escovação e o uso correto do fio dental, ajudam a evitar que os problemas dentários se tornem mais graves.
Devemos ter em mente que a prevenção é a maneira mais econômica, menos dolorida e menos preocupante de se cuidar da saúde bucal e que ao se fazer prevenção estamos evitando o tratamento de problemas que se tornariam graves.
Existem algumas medidas muito simples que cada um de nós pode tomar para diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de cáries e gengivite e outros problemas bucais. Escovar bem os dentes e usar o fio dental diariamente.Ingerir alimentos balanceados e evitar comer entre as principais refeições.Usar produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor.Usar enxagüante bucal com flúor, se seu dentista recomendar.
Garantir que as crianças abaixo de 12 anos tomem água potável fluoretada ou suplementos de flúor, se habitarem regiões onde não haja flúor na água.